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Os novos parceiros do Compra Londrina: UEL, CMTU, Câmara, COHAB e Sercomtel


 
Marcelo Frazão, Programa Compra Londrina/PML
Com assessorias da Câmara de Vereadores (ASCOM) e da COM/UEL

Após quase dois anos de experiências para incentivar as empresas de Londrina a fazerem negócios com a Prefeitura de Londrina, o Programa Compra Londrina vai incluir novos órgãos públicos da cidade.

Agora, além da Prefeitura, mais órgãos municipais, do Estado do Paraná e do poder legislativo de Londrina passam a integrar a iniciativa que objetiva aumentar as negociações de empresas locais com órgãos públicos compradores.

De forma inédita, neste dia 7 de março (5ª feira), 10h30, Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Hospital Universitário (HU), Sercomtel, CMTU, COHAB e Câmara de Vereadores de Londrina assinam a entrada no programa, com o compromisso de estimular os negócios com empresas locais e usar de forma contínua as compras públicas com governos como mecanismo de desenvolvimento da cidade. (Veja abaixo exemplos de compras em cada órgão).

A assinatura do Termo de Adesão de novos órgãos no Compra Londrina será na Sala de reunião dos Conselhos, na UEL, ao lado da reitoria.

O Programa foi criado para incentivar pequenas empresas locais a disputar contratos com os órgãos da cidade, aumentando a circulação de recursos públicos na economia local por meio de negócios sediados em Londrina.

A iniciativa nasceu por meio do Sebrae, Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL) e Observatório de Gestão Pública (OGPL), sendo “encampada” pela Prefeitura de Londrina – maior comprador público da cidade – em junho de 2017.

A entrada de novos órgãos no Compra Londrina significa uma soma de R$ 400 milhões por ano em oportunidades de negócios das empresas com os poderes públicos locais. Metade do valor – R$ 200 milhões - é atualmente investido em compras apenas pela Prefeitura.

“Os novos órgãos mostram o crescimento do programa e deixam o Compra Londrina mais robusto”, afirma Sérgio Garcia Ozório, coordenador regional do Ambiente de Negócios do Sebrae.

Dois anos atrás, o Sebrae pesquisou 69 órgãos públicos da cidade e estimou em cerca de R$ 1 bilhão por ano o total de aquisições feitas pelas instituições. “Dentro dessa perspectiva, as oportunidades para empresas só crescem”, aponta. 

A abrangência cada vez maior do programa teve uma repercussão positiva também na Associação Comercial e Industrial de Londrina, entidade que enxerga o programa como uma promissora fronteira de novos negócios. “É um exemplo formidável de integração dos interesses da administração pública e do setor produtivo”, afirma o presidente Fernando Moraes. “O programa é conduzido de forma técnica e responsável, já apresentando resultados, o que reforça sua credibilidade. Este crescimento paulatino e ordenado mostra que todas as forças que se uniram em torno da ideia escolheram o caminho certo”.

Na Universidade Estadual de Londrina (UEL), a expectativa é atrair mais empresas de forma geral e ampliar a disputa pelos contratos, possibilitando um círculo virtuoso principalmente para empresas de Londrina. “Não excluímos obviamente nenhum concorrente. No entanto, incluímos os pequenos empresários em um segmento importante, de compra de bens e serviços para instituições públicas. É bom para o setor público e para o conjunto da população que financia as instituições”, aposta o reitor Sérgio Carvalho.

A expectativa do reitor já é realidade na Prefeitura de Londrina, maior comprador público da cidade.

Na Prefeitura, antes do Programa, em 2017, as empresas da cidade ficaram com cerca de R$ 30 milhões em contratos com o Município (16% do total negociado).

Já em 2018, com as ações do Programa em campo, a Prefeitura negociou quase R$ 50 milhões a mais em relação ao ano anterior com empresas da cidade. No total, no último ano, as empresas de Londrina fecharam contratos e vendas de R$ 79,1 milhões com a Prefeitura da cidade, entre os R$ 197,4 milhões comprados em produtos e serviços para fazer funcionar a máquina pública - de agulha a trator, a Prefeitura compra de tudo.

Em 2018, das 563 empresas que fecharam contratos com a Prefeitura, 205 são empresas de Londrina.

Delas, 29 são microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) que nunca disputaram contratos com governos – e ganharam.

“Com o Compra Londrina produzimos um conhecimento em compras públicas que agora pode ser compartilhado com outros órgãos. A entrada dos novos parceiros no programa consolida a iniciativa que começou com a insistência da ACIL e do Sebrae e hoje colhe excelentes experiências e resultados”, diz o secretário de Gestão Pública, Fábio Cavazotti.

“A chegada de órgãos de entes diferentes da administração pública, como a companhia telefônica da cidade, o poder legislativo e a nossa maior universidade pública, além da CMTU e da COHAB, ajuda a disseminar boas práticas em um setor muito sensível e complexo que é o das compras públicas, licitações e pregões”, afirma o secretário.

Para o diretor-geral da Câmara Municipal de Londrina, Mark de Almeida, a adesão ao Compra Londrina trará como principal benefício o aumento da transparência, da participação e do controle social em relação às aquisições de bens e serviços pelo Legislativo.

“Ficará mais fácil atingir possíveis fornecedores com a inclusão dos nossos processos de licitação nos meios de divulgação do Programa Compra Londrina. Com a ampliação da publicidade, há maior concorrência, o que é benéfico para o poder público”, afirma.

O diretor ressalta também a importância das ações do Compra Londrina destinadas a informar e capacitar os empreendedores para a concorrência pública.

“Hoje, quando você faz uma licitação, nem sempre as pessoas se sentem seguras a participar. O programa mostra que os procedimentos são sérios e que existem controles, o que deve aumentar o interesse de empresas que estão regulares”, diz.

Potencial de negócios dobra

Com a entrada dos novos órgãos, o potencial de compra/venda do Programa Compra Londrina praticamente dobra: UEL, CMTU, Sercomtel, Cohab e Câmara de Vereadores devem adquirir, apenas em 2018, perto de R$ 195 milhões em bens e serviços.

Depois da Prefeitura (cerca de R$ 200 milhões/ano), estão a CMTU (R$ 70 milhões previstos), UEL (R$ 66,3 milhões) e Sercomtel (R$ 54,6 milhões) como os maiores compradores públicos locais que aderem ao programa. São seguidos pela Câmara de Vereadores (R$ 2,9 milhões) e Cohab (R$ 730,9 mil)

Novas práticas em licitações

Os novos participantes do Compra Londrina passam a integrar uma rede de órgãos que opera para aumentar a inserção das empresas de Londrina nas compras locais.

Para isso, comprometem-se com uma série de ações para dar mais visibilidade aos editais de licitações e pregões. Também passam a estudar a formação de lotes menores nos pregões para beneficiar pequenas empresas, seguindo legislações federais já existentes.

Os órgãos atuam para reforçar as vantagens legais que pequenos negócios têm na hora da disputa pelas compras.

Quem entra no programa, tem direito de usar o site oficial do Programa Compra Londrina (www.compralondrina.com.br), que serve para cadastrar empresas interessadas em negócios com os governos.

Após cadastradas, as empresas recebem avisos por celular, via SMS, e por e-mail, com os editais de licitações abertos como oportunidades de negócios com estes órgãos.

O site é mantido pela Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL) e atualmente tem uma base de dados de mais de 700 empresas de Londrina cadastradas e recebendo informações sobre licitações públicas.

Além disso, o Programa também ajuda os integrantes a organizar encontros e reuniões com fornecedores, promove cursos e consultorias para as empresas interessadas em negócios com os governos e também dispõe de um facebook próprio (www.facebook.com/compralondrina), com transmissões ao vivo e informações sobre as oportunidades.

5 boas práticas do Programa Compra Londrina

  • Dividir as compras em lotes menores para favorecer pequenos negócios locais

  • Divulgar um calendário de oportunidades prévio com a relação das compras para empresas que querem disputar licitações e pregões

  • Acompanhar o desempenho das empresas locais nas licitações e estimulá-las a disputar contratos públicos

  • Usar o site do Programa e o facebook, para envio de informações por celular e e-mail às empresas interessadas

  • Promover cursos, miniworkshops e trocas de experiências sobre compras públicas locais e o potencial de desenvolvimento delas para Londrina

O que cada um mais compra:

Veja as principais compras para 2019 das instituições que agora compõem o Programa:

UEL e Hospital Universitário: R$ 66.358.321,34 em compras previstas

Cabeamento de fibra ótica, locação de vans, impressões de boletins, coffee break para eventos, persianas, passagens aéreas, produtos de higiene e limpeza, mobiliário de escritório, equipamentos de proteção individual, extintores, pilhas, lâmpadas, baterias, produtos veterinários, óleo combustível, papel, materiais odontológicos, hortifruti, câmeras de monitoramento, materiais de construção, pães, leite, café, açúcar, peixes, soro, anestesias, materiais hospitalares, materiais elétricos e hidráulicos, produtos químicos, sacos de lixo, tecidos, etc.

Sercomtel: R$ 54.691.982,00 em compras previstas

Serviços de auditoria, seguros, serviços de cópia, manutenção de extintores, equipamentos de elétricos e de informática, combustíveis, serviços de limpeza, plano odontológico, serviços de manutenção de veículos, pneus, serviços de atendimento, lâmpadas, rastreadores, serviços de vigilância, etc.

CMTU: R$ 70.388.731,57 em compras previstas

Material hidráulico, tintas, crachás, solventes, pneus, recarga de extintores, lubrificantes, lâmpadas, adesivos, computadores, serviços de borracharia, oxigênio, chaves, gêneros alimentícios, adesivos, carimbos, uniformes, equipamentos para escada rolante, impressões, plotagens, serviços de roçagem, serviços de limpeza e lavagem de ruas, serviços de manutenção de frota, etc.

Câmara de Vereadores de Londrina: R$ 2.900.000,00 em compras

Chaveiro, serviços de atendimento de urgência, compra de medalhas e títulos, materiais de copa e cozinha, equipamentos de informática, veículos, suprimentos de áudio, foto e vídeo, livros, eletroeletrônicos, extintores, pilhas, pneus, baterias, produtos de limpeza e higiene, eletroeletrônicos, etc.

COHAB: R$ 730.986,00 em compras

Serviços de auditoria, instalação de vidros, materiais de construção, materiais de copa, serviços de capina e roçagem, material de informática, recarga de extintores, seguros de vida, serviços de cópia, etc.